O mistério das laçadas dos salgueiros

Já há uns tempos que andávamos intrigados com os salgueiros da cerdeirinha à beira da Estrada. Existe aqui um pequeno núcleo que se tem aproveitado para fazer estacas para outras propriedades, eliminando alguns dos novos rebentos, para potenciar o crescimento dos outros.
Mas no meio deste núcleo encontrámos já há uns meses umas quantas árvores que ninguém percebendo a razão tinham laçadas no seu topo.


E sendo à beira da estrada podia ser qualquer coisa, alguém que tinha feito por estar aborrecido, algum tipo de condução de regeneração natural como o que fazemos nos carvalhos e sobreiros ou qualquer outra coisa. Ora bem, foi no dia do voluntariado com a ASSOL (Associação de Solidariedade Social de Lafões) a 6 de Novembro que o mistério se desfez. Enquanto há um ano podávamos, eliminando guias de carvalhos e sobreiros para potenciar o crescimento das restantes, semeávamos e plantávamos meia dúzia de árvores, um dos apoiados da ASSOL fez laçadas nos salgueiros com o intuito de estas crescerem com  uma curvatura que as permitisse  transformar em bengalas quando atingissem um diâmetro razoável.
Uma técnica simples e bem distante das hipóteses levantadas por quem foi passando nos últimos meses pela Cerdeirinha.


Mas este voluntariado não se resume apenas a uma pequena história. Com o apoio do fundo recomeçar focamo-nos na parte inferior da propriedade local onde na atividade da semana cultural da ASSOL de 2018, se fizeram plantações simbólicas e sementeira direta. Nesta atividade fomos reduzindo as restantes plantas ao seu redor, maioritariamente gramíneas, e pondo ao descoberto dezenas de bolotas bem-sucedidas e a maioria das plantas que tinham sido plantadas.


Enquanto isto os participantes de mobilidade mais reduzida foram apanhando bolotas perto da estrada e fazendo algumas sementeiras em cuvettes. Algo que também se fez no ano passado e que resultou numa taxa de cerca de 25% de sucesso, à qual deve ser tida em conta a dificuldade de arranjar boa bolota em 2018. As bolotas semeadas em cuvettes o ano passado já estão pequenas árvores que serão plantadas durante esta época em propriedades como o baldio de carvalhais em que a regeneração natural é menor.


Muito obrigado por todo o trabalho e motivação. Esperemos ver os voluntários da Assol numa próxima atividade e quem se quiser juntar para plantar entre outras as bolotas semeadas pelos voluntários da ASSOL dia 7 de Dezembro o ponto de encontro será no baldio de carvalhais (mais informação em breve no blog ou através do montisacn@gmail.com).


Rita

A actividade de voluntariado realizou-se no âmbito do Fundo Recomeçar da Santa Casa da Misericórdia.

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