Com as previsões a alterarem-se para condições menos favoráveis na Segunda-feira, mas para condições mais favoráveis no resto da semana, a queima prevista para esta Segunda, dia 3, está agora prevista para o dia 6 de Dezembro, às 13 horas.
Há, no entanto, uma alteração organizativa que convém ter em atenção pelos interessados: esta queima está integrada numa acção de formação para operadores de fogo controlado espanhóis, e por isso, durante a manhã, estarão no terreno para ver as áreas que arderam há um ano e meio e há meio ano, discutindo opções, o que correu bem e mal, etc..
Sempre com a cautela de confirmar mais em cima da data (mas as previsões parecem agora mais sólidas) esta é uma oportunidade muito boa para quem tem curiosidade em ver um fogo controlado, para quem queira aprender alguma coisa sobre como é feito, para quem queira saber utilizações possíveis e limitações, para quem queira ver no terreno as consequências de um fogo controlado, visto que terá oportunidade de comparar áreas ardidas há um ano e meio, áreas ardidas há meio ano, áreas acabadas de queimar e ainda as áreas que não tencionamos queimar, acompanhando profissionais do uso do fogo qualificados.
Temos perfeita consciência da quantidade de mitos que existem sobre o fogo controlado, técnicos e sócios envolvidos na Montis eram absolutamente contra o uso de fogo controlado ou, no mínimo, descrentes, associando aos fogos controlados um conjunto de efeitos sobre os sistemas naturais que estão descritos para os fogos intensos de Verão, destruição da vida do solo, erosão, tamponamento da sucessão ecológica, etc., etc., etc., e que hoje reconhecem que o essencial das suas dúvidas e objecções resultavam de nunca terem visto como se faz um fogo controlado e como evolui o sistema natural a partir de um fogo controlado, quer em relação ao solo, quer em relação à vegetação, quer em relação à fauna.
Para além dos objectivos de gestão que a Montis tem para a realização destes fogos controlados, em especial a capacidade de intervir em áreas relevantes do baldio para garantir uma evolução mais rápida das matas complexas que hoje não existem e um mosaico que garanta uma grande variedade de nichos ecológicos (incluindo, no futuro, áreas em que tenhamos a certeza que as árvores morrem de pé), gostaríamos que o máximo possível de pessoas participasse na discussão relevante sobre vantagens e desvantagens do uso do fogo na gestão da biodiversidade.
Apareçam, serão muito bem vindos.
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