Na parcela queimada no dia 12 de janeiro deste ano, decidimos fazer uma experiência: plantações um mês após o fogo controlado.
As plantações têm sido colocadas ao longo de depressões no terreno, em locais mais favoráveis ao escoamento de água. Os buracos que abrimos para as plantações, normalmente com cerca de 30 a 40 cm de profundidade, permitem-nos ver as camadas superficiais do solo, o que pode ser particularmente interessante para ver a biodiversidade do pós-fogo.
Ao longo das últimas semanas, observámos e fotografámos um pouco dos insetos que desenterramos do solo, sensivelmente 2 meses após o fogo controlado.
O mais comum, ou que salta mais à vista, é esta larva, a qual temos algumas dificuldades em identificar. Pensamos que esteja relacionada com escaravelhos (Scarabaeideae), no entanto, sendo este um grupo muito abrangente e tendo em conta a dificuldade na identificação, pedimos a vossa opinião/sugestão na identificação desta larva.
Por entre diplópodes (ou seja, os comuns milipés) e quilópodes (ou comummente, centopeias) encontramos também uma cigarra (Cicadidae).
Certo que não a estamos a ver na forma que nos é mais costume, na sua fase adulta, numa árvore a fazer o ruído característico de verão. Esta cigarra encontra-se na fase de ninfa, vivendo no solo entre 1 a 17 anos, dependendo da espécie.
Um pouco por toda a parcela queimada vemos também a resposta da vegetação, estando agora a começar a rebentação de fetos.
Hugo Barbosa
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