Matas comestíveis

Nesta fotografia, cedida pelo nosso parceiro Mossy Earth, podemos ver um número razoável de voluntários (neste caso, em grande parte da Vo.U) a plantar essencialmente carvalhos e, procurando bem, lá está o ensaio do tabuleiro para gaios que dará o mote para o próximo crowdfunding da Montis, a lançar já na semana que vem.
À esquerda, na imagem, está o mar de giestas que domina grande parte da área gerida pela Montis, à direita, a área que foi sujeita a fogo controlado em Fevereiro, exactamente para criar oportunidade de gestão para o que está a ser feito.
Desde o primeiro momento em que se discutiram as opções de gestão do baldio de Carvalhais que Paulo Pereira tem insistido na ideia das matas comestíveis, isto é, na criação de uma cobertura do solo com um leque suficientemente alargado de espécies de árvores e arbustos de modo a que exista alimento disponível ao longo de todo o ano.
A ideia esteve sempre presente em tudo o que foi sendo feito, mas de uma forma relativamente subsidiária.
Mas graças a uma doação feita neste mês, vamos dar um bocadinho mais de consistência a esta ideia.
A primeira intenção de quem fez a doação foi a de apoiar uma acção que estava a ser feita por Nuno Neves e João Cosme, numa base puramente individual (embora os dois pertençam aos orgãos sociais da Montis), e o que combinámos foi que a Montis iria apoiar essa acção com parte da doação, isto é, gastaremos 800 euros em alimentação de emergência para a fauna em áreas ardidas.
Os restantes 1200 euros serão usados para dar mais consistência a esta acção de diversificação, e nestas segunda e terça estivemos no campo, com o nosso parceiro Sigmetum, a recolher sementes, mesmo sendo um pouco tarde para algumas das espécies alvo.
Ao longo do ano faremos o mesmo noutras épocas do ano, de modo a ir tendo material vegetal que esperamos ir trazendo para o terreno e, esperamos nós, trazendo também uma maior diversidade de fauna.
Vai ser preciso tempo, vai ser preciso fazer erros, algumas coisas morrerão, algumas coisas não correrão bem, mas estamos mesmo com esperança de que venhamos a ver resultados desse esforço, num tempo relativamente curto.
Obrigado a quem nos vai dando estes empurrões.

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