Quase


Pedro Lérias tem acompanhado o desenvolvimento da campanha de crowdfunding da Montis actualizando periodicamente este gráfico.
Para além de clareza, o gráfico tem uma informação diferente da que consta na página da campanha: 338 doações em vez das 266 que estão referidas na PPL.
Esta diferença resulta do facto de algumas pessoas e empresas, por razões várias, transferirem o dinheiro para a Montis (ou para alguém que lhes seja próximo, como aconteceu aqui e ali comigo), que o coloca na plataforma, pelo que formalmente são contabilizadas pela plataforma como múltiplas doações do mesmo doador e a Montis, que tem a informação, as contabiliza como aquilo que são.
Neste momento faltam 1390 euros para a campanha ter êxito e faltam quatro dias para os angariar.
A evolução da campanha segue o padrão habitual neste tipo de campanhas, sobretudo as que são "tudo ou nada" (a campanha falha e o dinheiro é devolvido se não se atingir o objectivo no dia 21 de Maio às 18 horas), isto é, um arranque forte, para o qual contribuiu muito a contribuição da Eólica da Arada, 3 mil euros logo no início, uma ajuda fundamental para fazer as pessoas acreditar que seria possível ter sucesso numa campanha dificílima, um período central com uma evolução lenta, período esse para o qual a Montis programou uma grande quantidade de actividades exactamente para contrariar a ideia de que a campanha estava a morrer, e um fim forte que, neste caso, tem sido até mais forte do que esperaríamos.
O crowdfunding tem sido bastante atacado ultimamente por quem tem medo que as pessoas comuns se organizem e vivam sem lhes pedir autorização e, à falta de melhor argumento, usa-se o espantalho da opacidade das origens das doações.
Para surpresa e contentamento nosso, a campanha tem tido doações médias generosas (ainda não fizemos contas à mediana, que será mais baixa por haver uma doação de três mil euros, outra de mil (Ytravel e A2Z) e várias entre os 300 e 500, de maneira geral de pequenas empresas mas também de algumas pessoas), mas mesmo assim uma média de pouco mais de 80 euros de doação torna completamente ridícula qualquer alegação de um esquema manhoso de financiamento da Montis por obscuros interesses. Do mesmo modo, a quantidade de doações entre 1 e 20 euros, e quase 400 doadores no total, desmontam qualquer tentativa de denegrir este mecanismo de financiamento directo da conservação da natureza por parte das pessoas comuns.
Pessoalmente fico mesmo muito contente quando vejo o efeito demonstrativo que o êxito desta campanha (especialmente difícil pelo montante global) e outras acabam por ter, como se pode ver nesta campanha recente "Ajuda a criar a primeira reserva MilVoz" que espero que permita à MilVoz comprar os terrenos para a sua primeira reserva.
Claro que ainda nada está garantido, angariar 1390 euros em quatro dias não é fácil, mas estamos agora muito mais tranquilos que quando a meio da campanha nos faltavam mais de 15 mil euros e víamos os dias passar sem que entrassem doações.
Eu acho que vale a pena um último esforço, mas cada um faça as suas opções.
henrique pereira dos santos

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