A nossa primeira actividade na MONTIS

A Claire e o Juan, voluntários do projecto LIFE VOLUNTEER ESCAPES, chegaram à MONTIS em Janeiro. O dia de voluntariado de 12 de Janeiro nas propriedades de Vermilhas foi a primeira actividade que tiveram do seu período de voluntariado. Decidiram contar-nos como foi a experiência e o que aprenderam:

"Carvalhal de Vermilhas was the first property acquired by MONTIS through the “What if we became owners of all of this?” crowdfunding campaign. MONTIS has been managing this property since 2016. In 2017, it was severely affected by the wildfires that struck Portugal. The fire burned the oakland and the low vegetation. Nevertheless, the oaks showed remarkable resilience to the fire. After a couple of months, young oaks started flushing from the roots. With the low vegetation eradicated by the fire, and with young oak trees sprouting, a new management opportunity arose: to support the natural regeneration of the oaks.

With this in mind, MONTIS organised a volunteering activity in Carvalhal de Vermilhas, inviting academic volunteers, MONTIS members, and ESC volunteers to see the evident growth of the pruned oaks trees and to contribute to these efforts. The technique entails choosing the regenerated oaks branches that seem the strongest, most vertical, with most leaves, and cutting down the others. The energy of the roots is therefore invested in these young oak branches – with a better chance of survival – to help them grow faster.


The 29 participants met at the village café, “Café Flor da Serra”, where the friendly locals helped us order coffee in Portuguese. The group then headed to the property, carrying tools, as well as a heavy but precious burden (containing the communal lunch for the activity). As this was our first day of volunteering in the field, we enjoyed the opportunity to interact with members and academic volunteers.



Margarida, gave us, ESC volunteers, a brief explanation with recommendations as to how to most effectively prune oak trees (e.g. prune as close to the ground as possible). We spent the morning pruning regenerated oak trees (Quercus robur) and clearing the predominant brooms (Cytisus sp.), between 30cm to 1,50m in height, that have developed into a shrubland around the oak trees.

Throughout the day, the team from PlaySolutions (one of the other partners in the LIFE Volunteer Escapes consortium) interviewed ESC volunteers whilst in action. The PlaySolutions team were gathering multimedia content for the project series. Among other questions, they asked: why had we chosen this volunteering programme? What were we doing before our involvement in the project? What did we expect to get out of the experience? And what did we know of the 2017 wildfires in Portugal?

In the afternoon, we gathered around the jay table, and were informed that jay tables are used to spread acorns around the property. The acorns placed on the table were collected from Baldio de Carvalhais and Cerdeirinha. The jays (Garrulus glandarius) bury the acorns to later return and eat the majority of them. However, some of the scattered acorns will not be retrieved by the jays and will eventually grow into trees. A single jay can store up to 5,000 acorns in different locations during autumn. 


At the end of the day, we were guided through a trail that took us to the oldest oak tree in Carvalhal de Vermilhas, which is 239 years old! The day was a great taster of the type of activities which we would be involved in with MONTIS over the next months of volunteering.

Claire and Juan"


(Português)
As propriedades de Carvalhal de Vermilhas foram as primeiras a ser adquiridas pela MONTIS através do crowdfunding "E que tal sermos donos disto tudo?". A MONTIS tem vindo a gerir esta propriedade desde 2016 e em 2017 foi severamente afectada pelos incêndios que ocorreram em Portugal. O fogo queimou o carvalhal e a vegetação rasteira. 

No entanto, os carvalhos mostraram uma óptima resiliência ao fogo. Depois de uns meses, os jovens carvalhos começaram a reaparecer das raízes. Com a vegetação rasteira erradicada pelos incêndios e com os pequenos carvalhos a regenerar, ergueu-se uma nova oportunidade de gestão: conduzir a regeneração natural dos carvalhos. 

Com isto em mente, a MONTIS organizou um dia de voluntariado no Carvalhal de Vermilhas, convidando os voluntários académicos desse fim-de-semana, os sócios da Associação e os voluntários do projecto LIFE VOLUNTEER ESCAPES para ver o crescimento dos carvalhos conduzidos e contribuir para a continuação dessa condução. A técnica consiste em escolher as varas dos carvalhos regenerados que parecem mais fortes, verticais, com mais folhas e podar as restantes. A energia das raízes assim é investida no crescimento destes ramos - com uma melhor chance de sobrevivência - para que cresçam mais rápido.

Os 29 participantes encontraram-se no café da aldeia "Café Flor da Serra", onde os simpáticos locais nos ajudaram a pedir café em Português. O grupo foi guiado até à propriedade, carregando as ferramentas e também o pesado, mas precioso fardo: a merenda da actividade. 


Como foi o nosso primeiro dia de voluntariado no terreno, desfrutamos muito da oportunidade de interagir com os sócios e voluntários académicos. 

A Margarida, deu-nos (aos voluntários do projecto), uma explicação breve com algumas recomendações de como conduzir os carvalhos de forma eficiente (por exemplo: podar o mais junto ao solo possível). Passámos a manhã a conduzir os carvalhos em regeneração (Quercus robur) e a tirar algumas da giestas mais prominentes (Cytisus sp.), que tinham entre 30cm a 1,50m em altura, que se estavam a desenvolver bastante em volta dos carvalhos. 

Durante o dia a equipa da PlaySolutions (um dos parceiros do projecto LIFE VOLUNTEER ESCAPES) entrevistou alguns dos voluntários do projecto. A equipa da PlaySolutions esteve a reunir conteúdo para a série do projecto ESCAPES. Entre outras questões perguntaram-nos porque escolhemos este projecto de voluntariado? O que estávamos a fazer antes de estarmos no projecto? O que esperamos tirar desta experiência? E o que sabíamos sobre os fogos de 2017 em Portugal?

Durante a tarde, juntámo-nos em redor do tabuleiro para gaios e  explicaram-nos que os tabuleiros eram usados para dispersar bolotas pela propriedade. As bolotas que colocámos no tabuleiro foram recolhidas perto do baldio de Carvalhais e em Cerdeirinha. Os gaios (Garrulus glandarius) enterram as bolotas para mais tarde voltarem e comerem os rebentos. Contudo, algumas das bolotas que escondem vão ser deixadas para trás, crescer e transformarem-se em árvores. Um único gaio pode armazenar mais de 5000 bolotas em diversos sítios durante o outono/inverno. 

No final do dia, caminhámos até ao carvalho mais velho de Carvalhal de Vermilhas, com 239 anos! O dia foi uma bela amostra do tipo de actividade em que iríamos estar envolvidos na MONTIS durante os nossos meses de voluntariado. 

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