Esta manhã estivemos em Carvalhal de Vermilhas, numa atividade com o Departamento de Ambiente da Escola Superior de Tecnologia e Gestão do Instituto Politécnico de Viseu.
Após uma caminhada de cerca de 20 minutos, pelo estradão a partir da Lapa de Meruge, chegámos à propriedade da Cabrieira. Aqui, falámos sobre a forma como a MONTIS adquiriu esta propriedade e sobre o processo de recuperação do carvalhal após o incêndio de 2017 e as diversas ações que a associação tem vindo a desenvolver.
Numa das clareiras, abordámos o apoio dado à regeneração natural dos carvalhos que rebentaram das raízes sobreviventes ao fogo. Explicámos como as podas dos troncos das árvores têm como objetivo acelerar o seu crescimento, não "desperdiçando" a seiva em inúmeros ramos, e criar descontinuidades verticais de combustível, aumentando assim a resiliência ao fogo.
Falámos ainda sobre a gestão da paisagem em mosaico realizada pela MONTIS: a abertura de algumas clareiras para aliviar os carvalhos e para a plantação pontual de outras espécies autóctones, de modo a enriquecer as fontes de alimento para a biodiversidade local. Destacámos também a importância de manter áreas de mato adjacentes, garantindo os corredores ecológicos essenciais para a fauna selvagem.
Discutimos os principais objetivos desta gestão, centrados na redução de combustíveis - conseguida, sobretudo, através do controlo do giestal infestante, um processo que, com o tempo, será assumido naturalmente pelos carvalhos mais desenvolvidos, através da sombra e, pela competição pelo espaço com as espécies plantadas. Houve ainda oportunidade para falar do uso dos tabuleiros para gaios e a importância destas aves na sementeira natural de bolotas.
Do outro lado do vale, apreciámos a mancha de carvalhal maduro que resistiu ao fogo na propriedade da Dumação (embora o nevoeiro teimosamente nos dificultasse a vista).
De seguida, descemos até à ribeira de Carvalhal, que delimita a propriedade da Cabrieira a poente. Neste ponto, falámos sobre a valorização atual e futura da galeria ripícola associada a esta linha de água. Observámos os teixos e loendros plantados, bem como as espécies autóctones já presentes, como amieiros e salgueiros. Relembrámos a importância destas galerias ripícolas como corredores ecológicos e como refúgios de biodiversidade, e os esforços que queremos continuar a fazer para apoiar o seu desenvolvimento.
Após visitarmos todos os pontos de interesse, regressámos pelo mesmo percurso (desta vez a subir, o que serviu também para abrir o apetite para o almoço!)
Felizmente, a chuva foi pouca e o nevoeiro acabou por criar uma atmosfera especial, realçando a beleza da paisagem.
Agradecemos a todos os participantes pela boa disposição e por dedicarem a manhã a conhecer o trabalho da MONTIS. Esperamos poder contar convosco em futuras atividades de voluntariado!








Comentários
Enviar um comentário