As propriedades foram adquiridas
em 2015 com recurso a uma campanha de crowdfunding intitulada “E que tal sermos
donos disto tudo?”.
Quando as propriedades foram
compradas a regeneração de carvalhal era abundante, mas fortemente embebida
numa matriz de matos altos que criava uma extensão contínua de combustíveis, à
espera do fogo seguinte.
As ações levadas a cabo neste
terreno pretendem acelerar a formação de um copado que controle o mato por
ensombramento.
Durante os dois últimos anos
foram sendo selecionados núcleos de carvalhos que pareciam ter melhor
desenvolvimento, tendo-se cortado o mato envolvente e podado os carvalhos para
criar uma descontinuidade vertical dos combustíveis. Os matos foram deixados no
local para manter a matéria orgânica no sistema e atrasar a regeneração do
sub-bosque.
Os resultados são hoje bem visíveis,
com áreas em que o carvalhal começa a fechar o copado e a destacar-se
nitidamente da matriz de matos envolvente, criando fundadas esperanças de que
no próximo fogo seja possível uma menor afectação dos carvalhos. Consequentemente,
prevê-se uma forte recuperação pós-fogo, diminuindo bastante o tempo necessário
para que o carvalhal adulto reduza a necessidade de gestão ativa, cumprindo os
objectivos do plano de gestão.
Em 2017 deu-se continuidade às ações de gestão definidas, com recurso ao programa de voluntariado, tendo sido realizadas várias jornadas nestes terrenos. Antes de se iniciarem os trabalhos de cada jornada, foi feita uma pequena formação sobre os objectivos de gestão adoptados, as opções para os atingir e a utilização das ferramentas. Em paralelo, foram feitas algumas ações de abertura e manutenção de caminhos para garantir as condições de uso público, como previsto nos objectivos do plano de gestão, existindo neste momento um percurso circular por toda a propriedade.
Todas as atividades, quer de visitação quer de voluntariado, serviram para discutir o modelo de gestão adoptado e os seus resultados, o que se procurará potenciar nos anos futuros.
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