Nós, os partidos e os outros


Por causa desta participação da Montis nesta iniciativa partidária, a direcção da Montis recebeu algumas críticas de alguns sócios, quer porque a Montis estava associada a uma iniciativa partidária, quer por ser especificamente este partido.

A actual direcção da Montis (e a Montis será o que os sócios quiserem, portanto amanhã poderão decidir de outra maneira nesta aspecto) tem uma posição muito aberta em relação à participação em iniciativas de terceiros e à forma de relacionamento com terceiros em geral.

A Montis não tem uma actuação política forte, não se pronuncia politicamente sobre quase nada (até agora mesmo nada), tem um conjunto muito pequeno e genérico de princípios - somos favoráveis à conservação da biodiversidade, somos favoráveis à valorização económica da biodiversidade, acreditamos em processos participados e transparentes conduzidos e dirigidos por pessoas comuns, pouco mais - e entende que é bom que pessoas e organizações diferentes, com interesses e ideias diferentes, se encontrem, conversem e façam coisas concretas em comum.

Temos alguma dificuldade em entender que se critiquem organizações, partidos, mas também empresas, autarquias, etc., por não serem abertas à sociedade e depois recusar as pontes de contacto que pretendam estabelecer connosco.

É tendo isto em atenção que deve ser entendida a participação da Montis em iniciativas de terceiros, uma tertúlia da Câmara de Vouzela no dia 26 de Junho, uma inicitiva do PAN no dia 5 de Julho, um voluntariado conjunto com a QUERCUS há dias, qualquer iniciativa deste tipo, incluindo amanhã qualquer outro partido que nos convide para uma iniciativa em que possamos explicar quem somos e o que fazemos, sem nos exigirem em troca qualquer sugestão de apoio às opções dessas organizações.

E agradecemos a quem nos criticou a oportunidade de explicarmos as nossas razões, sem pretender, com isso, eliminar divergências mas apenas geri-las de forma aberta e útil para todos.

Comentários

  1. Boa Noite,
    A minha palavra de apreço e um grande voto de confiança, à Direção da Montis para ter emitido esta resposta a possiveis criticas á vosso participação neste evento. Que venham mais partidos, associações, organisações a querer discutir ideias e soluções, que apareçam estas e outras pessoas, e que façam algo. Sim fazer, não só falar ou escrever, para que se possa alterar o paradigma nestas terras lusitanas.
    Façamos por esquecer o que nos separa e focar no que nos une, para o bem das futuras gerações e de toda a Natureza.
    Um bem hajam a todos,
    Jorge Morais

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  2. ..."por não serem abertas à sociedade e depois recusar as pontes de contacto que pretendam estabelecer connosco"...
    Pessoalmente não acredito no desinteresse partidário pelas ONGs, o que significa que, por vezes, "vale mais estar sozinho do que mal acompanhado". Preferiria estar equivocado...
    Vítor M

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  3. Na Montis não temos a menor ilusão sobre o interesse partidário (ou empresarial) subjacente às acções dos partidos (ou das empresas ou das ONGs).
    A Montis, ela própria, tem interesse em chegar a mais gente, em apresentar o projecto que tem e por aí fora.
    A questão é saber se faz mais sentido correr riscos, "sujando as mãos" em processos que envolvem terceiros, e aí procurar o que podemos fazer em conjunto apesar das divergência, ou encerrarmo-nos numa torre de marfim, procurando uma pureza que nos conduz ao isolamento.
    O assunto não é pacífico em nenhuma ONG, nem será pacífico na Montis, mas até agora temos optado por uma grande abertura a terceiros, independentemente das divergências que tenhamos.

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