Da economia, da biodiversidade e das pessoas

Do blog Pastel de Vouzela, um firme apoiante da Montis, veio esta fotografia da feira do gado em Vouzela, há cem anos atrás. Foi daqui, da economia que está na base desta feira, que se criou a vitela de Lafões que hoje continua parte da economia e do turismo local, embora de forma diferente. Fechar de novo ciclos económicos que produzem e integram paisagens e conservação da natureza, sem vergonha, e também sem nostalgia, do passado usando-o para gerirmos melhor o futuro, é o que gostaríamos de ser capazes de fazer com a Montis

Ontem correu bem mais uma das iniciativas que vamos fazendo para conseguir financiar a compra dos primeiros terrenos para a Montis.

Um jantar simpático que ilustra o que gostaríamos de fazer a partir da associação: 1) juntámos pessoas e algum dinheiro para a campanha "E que tal sermos donos disto tudo", que embora ainda não esteja integralmente registado na plataforma PPL, já nos permite chegar ao dia 15 de Novembro, exactamente o meio da campanha, com 50% do financiamento garantido; 2) o apoio da câmara municipal foi muito importante para nós, mas pensamos que a iniciativa também serviu os objectivos de promoção dos produtos e da economia local, incluindo a I Rota da Vitela de Lafões, que é agora de 21 de Novembro a 7 de Dezembro; 3) o restaurante 100 Vícios foi o outro apoio fundamental, e também pensamos que associar a cozinha sofisticada a produtos especiais, à gestão do território e à conservação da natureza, cria valor para essa cozinha e para o restaurante; 4) e os produtores locais, os principais gestores da paisagem, também irão ganhando com o alargamento dos seus mercados e com a valorização da gestão dos serviços de ecossistema que realmente são prestados pela produção.

É isto que gostaríamos de fazer: conservação da natureza, gestão do território, criação de valor e integração da economia, com ganhos reais para todos os principais envolvidos na conservação da natureza. Achamos que é a forma mais eficiente de dar sustentabilidade à conservação dos valores naturais que nos é dado gerir.

E é também isso que iremos discutir no colóquio que faremos de hoje a oito dias, no próximo Sábado dia 22, nas Termas de São Pedro do Sul. Como as inscrições têm vindo a fazer-se a bom ritmo e o autocarro da parte exterior do colóquio, na serra da Arada, tem lugares limitados, talvez seja avisado não deixar as inscrições para o último dia: na sala cabem sempre mais pessoas, mas no autocarro há limitação de lugares.

Comentários