A Montis tem vindo a procurar centrar-se no que a define: a gestão directa de terrenos com objectivos de conservação da natureza, sem descurar a valorização económica e assente no envolvimento das pessoas comuns.
Mas procura fazê-lo sabendo que somos poucos e não podemos perder muito tempo em guerras de alecrim e manjerona.
Por isso tem, desde o princípio, procurado trabalhar em rede, isto é, encontrar os pontos comuns com terceiros que tenham alguma coisa concreta em comum para fazer connosco.
Não queremos que os outros pensem como nós (e na verdade a Montis tem muito poucas posições definidas sobre opções de política de conservação) mas que na divergência ou simples diferença possamos fazer coisas em que o conjunto seja mais que a soma das partes.
Estivemos, por exemplo, no dia 5 de Julho com o PAN, o Movimento Terra Queimada, e o baldio da Ameixieira, o projecto do Cabeço Santo, demos uma passeio muito catita, fizemos um belo pic-nic e tivemos tempo para conversar sobre o que podemos fazer juntos e o que nos separa.
Ficaram claras muitas divergências, por exemplo sobre o uso de animais ou sobre fogos, mas isso não nos impede de encontrar coisas que possamos fazer em comum (naturalmente mais com movimentos que têm os seus pés na terra, como o Movimento Terra Queimada, o Cabeço Santos ou o baldio da Ameixieira, que com partidos políticos que têm objectivos políticos definidos).
Para nós o que conta é que passada uma semana estávamos (alguns, inevitavelmente) juntos numa jornada de voluntariado numa das propriedades da Montis e no dia 26 de Julho faremos um passeio diferente em que talvez volte a haver convergência, não só com estas organizações, mas também com o SOS Rio Paiva.
A verdade é que para nós, o importante é que tanta gente, e tão diferente, caiba na fotografia em cima, tirada no nosso último passeio porque temos a certeza de que independentemente do que cada um ia a pensar, é bom, e é útil, que estejamos juntos na aproximação à terra e à sua gestão.
O passeio foi catita e a conversa ainda mais. É bastante mais interessante, e útil, conversar com quem não pensa exactamente como nós do que com quem já sabemos que estamos plenamente de acordo.
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