Muito de vez em quando, estes posts são assinados.
É o caso deste por exprimir um ponto de vista do actual presidente da Montis, mais que um ponto de vista da Montis.
Ontem, como em todos os segundos sábados de cada mês, lá se organizou mais uma jornada de voluntariado para gestão das nossas propriedades.
Pela primeira vez, desde que começámos o programa, deixámos o João Miguel sozinho, não conseguimos mobilizar um único voluntário.
Não é nenhum drama, é apenas um falhanço.
Desde que optámos por começar a gestão das propriedades com recurso a voluntariado estávamos à espera deste dia. Na verdade esperávamos que tivesse aparecido mais cedo.
Mesmo durante a discussão sobre o lançamento desta ideia, internamente, houve várias opiniões sobre o assunto, havendo até quem lembrasse outras experiências que apontavam no sentido de que este programa de voluntariado iria falhar.
No entanto, acabou por ser razoavelmente consensual a ideia, que tem sido uma trave mestra do trabalho da Montis, que o facto de uma coisa ter falhado não é razão para não se tentar outra vez, procurando perceber as razões que motivaram o falhanço anterior.
O facto do João Miguel ter trabalhado sozinho ontem, se traduz o falhanço da mobilização para ontem, está longe de demonstrar o falhanço do programa de voluntariado e da opção de gestão que temos vindo a levar a cabo.
Para quem tem dúvidas, há AQUI um relatório preliminar que presta contas sobre a gestão que estamos a fazer. E é desse relatório (vale a pena ver as fotografias) que cito:
"Desde que a MONTIS começou o programa de voluntariado mensal, em Março de 2015, já recebeu nas suas propriedades cerca de 61 dias de trabalho voluntário. Fizemos sete jornadas com uma média de participação de 7 pessoas por jornada, num ritmo mensal.
...
Durante as sete jornadas de voluntariado na Serra do Caramulo, estima-se que tenha havido intervenção em cerca de 0,7 hectares dos 5,5 hectares das duas propriedades e aberto um total de 600 metros de trilhos que servem atualmente os visitantes".
0,7 hectares pode parecer pouco, mas na verdade já é mais de 10% da área com intervenção, o que significa que, no caso de haver um fogo, haverá efeitos diferenciados, e uma recuperação em mosaico, que beneficiará toda a propriedade. E, se não houver o fogo, estas áreas intervencionadas (ver a fotografia que ilustra o post, tirada ontem) também geram uma diversidade que é relevante para toda a propriedade.
A fotografia que ilustra este post pode ser mais bem entendida quando se tem a noção de que antes da intervenção o mato chegava à copa dos carvalhos e agora, não só o mato está temporariamente controlado, como se melhoraram as condições para que as copas dos carvalhos se toquem, fechando mais rapidamente, criando ensombramento e controlando o mato, diminuindo a necessidade de intervenções futuras de manutenção.
Talvez seja melhor dar voz ao relatório do João Miguel: "O que fiz hoje foi limpar o trilho que atravessa a maior propriedade. Ainda não estava muito fechado mas havia zonas já com algumas silvas. Até à primavera acho que se aguenta bem sem limpar.
Alarguei também o que vai para a ribeira e faltam cerca de 50m.
Esta clareira que está na fotografia (a que ilustra este post) é a meia encosta e está com muito bom aspecto. Ainda a alarguei mais um pouco e apanhei lá um grande boleto.
Está cheia de marcas de javali. Parece que gostam das nossas intervenções.
Ainda estive a experimentar outro caminho de acesso à propriedade mas não deu em nada.
Foi isto."
É o caso deste por exprimir um ponto de vista do actual presidente da Montis, mais que um ponto de vista da Montis.
Ontem, como em todos os segundos sábados de cada mês, lá se organizou mais uma jornada de voluntariado para gestão das nossas propriedades.
Pela primeira vez, desde que começámos o programa, deixámos o João Miguel sozinho, não conseguimos mobilizar um único voluntário.
Não é nenhum drama, é apenas um falhanço.
Desde que optámos por começar a gestão das propriedades com recurso a voluntariado estávamos à espera deste dia. Na verdade esperávamos que tivesse aparecido mais cedo.
Mesmo durante a discussão sobre o lançamento desta ideia, internamente, houve várias opiniões sobre o assunto, havendo até quem lembrasse outras experiências que apontavam no sentido de que este programa de voluntariado iria falhar.
No entanto, acabou por ser razoavelmente consensual a ideia, que tem sido uma trave mestra do trabalho da Montis, que o facto de uma coisa ter falhado não é razão para não se tentar outra vez, procurando perceber as razões que motivaram o falhanço anterior.
O facto do João Miguel ter trabalhado sozinho ontem, se traduz o falhanço da mobilização para ontem, está longe de demonstrar o falhanço do programa de voluntariado e da opção de gestão que temos vindo a levar a cabo.
Para quem tem dúvidas, há AQUI um relatório preliminar que presta contas sobre a gestão que estamos a fazer. E é desse relatório (vale a pena ver as fotografias) que cito:
"Desde que a MONTIS começou o programa de voluntariado mensal, em Março de 2015, já recebeu nas suas propriedades cerca de 61 dias de trabalho voluntário. Fizemos sete jornadas com uma média de participação de 7 pessoas por jornada, num ritmo mensal.
...
Durante as sete jornadas de voluntariado na Serra do Caramulo, estima-se que tenha havido intervenção em cerca de 0,7 hectares dos 5,5 hectares das duas propriedades e aberto um total de 600 metros de trilhos que servem atualmente os visitantes".
0,7 hectares pode parecer pouco, mas na verdade já é mais de 10% da área com intervenção, o que significa que, no caso de haver um fogo, haverá efeitos diferenciados, e uma recuperação em mosaico, que beneficiará toda a propriedade. E, se não houver o fogo, estas áreas intervencionadas (ver a fotografia que ilustra o post, tirada ontem) também geram uma diversidade que é relevante para toda a propriedade.
A fotografia que ilustra este post pode ser mais bem entendida quando se tem a noção de que antes da intervenção o mato chegava à copa dos carvalhos e agora, não só o mato está temporariamente controlado, como se melhoraram as condições para que as copas dos carvalhos se toquem, fechando mais rapidamente, criando ensombramento e controlando o mato, diminuindo a necessidade de intervenções futuras de manutenção.
Talvez seja melhor dar voz ao relatório do João Miguel: "O que fiz hoje foi limpar o trilho que atravessa a maior propriedade. Ainda não estava muito fechado mas havia zonas já com algumas silvas. Até à primavera acho que se aguenta bem sem limpar.
Alarguei também o que vai para a ribeira e faltam cerca de 50m.
Esta clareira que está na fotografia (a que ilustra este post) é a meia encosta e está com muito bom aspecto. Ainda a alarguei mais um pouco e apanhei lá um grande boleto.
Está cheia de marcas de javali. Parece que gostam das nossas intervenções.
Ainda estive a experimentar outro caminho de acesso à propriedade mas não deu em nada.
Foi isto."
E é de facto isto que se pretende. Não propriamente beneficiar os javalis, claro, não precisam, mas ir andando e ir produzindo resultados.
Não chega, é certo:
estamos a trabalhar no alargamento do programa de voluntariado;
no aumento de recursos para a gestão;
temos de olhar para as razões pelas quais não conseguimos ter um voluntário num belíssimo dia de Outono (eu nunca fui a uma das acções de voluntariado, sei as minhas razões e contamos com elas, mas precisamos de mais informação, porque se tivermos 12 pessoas que lá vão uma vez por ano, de forma bem distribuída, isso significa que temos gente todos os meses);
e temos de ser capazes de valorizar os recursos que vamos produzindo.
Mesmo considerando o boleto com um complemento salarial mais que justo, ainda temos muito a trabalhar para valorizar melhor o que temos, para ter recursos para gerir melhor e com mais resultados. Lá chegaremos, mesmo que seja devagar.
Muito obrigado ao João Miguel pela dedicação, muito obrigado aos que já deram uma ajuda das outras vezes e, antecipadamente, muito obrigado aos que ainda virão, porque vamos manter o programa e ver como o podemos melhorar e tornar mais atractivo.
henrique pereira dos santos
Fiz apenas um ou dois sábados de voluntariado. Circunstâncias várias e o facto de ser sempre no mesmo dia têm-me impedido de ir.
ResponderEliminarMas voltarei, seguramente!
Vítor M