Fotografia de Jorge Moreira, num dos passeios da Montis
Quando comecei a escrever este post, várias pessoas estavam nos carvalhais da Montis a fazer o que gostam e que acham que é útil a todos, gerindo a regeneração de carvalho para a preparar para o próximo fogo.Não são heróis, são pessoas comuns que fazem o que lhes parece bem e que os faz sentir bem.
No próximo Sábado, outras pessoas e algumas das mesmas estarão na Assembleia Geral da Montis para eleger os corpos sociais da associação para os próximos três anos. Gastarão o seu tempo, muitas vezes o seu dinheiro (não se esqueçam de que tentamos sempre organizar bolsas de boleias, falem connosco para ver que oportunidades existem), para estar ali e mostrar que acham que o que a Montis faz é suficientemente importante para si e para os outros que justifica o encontro.
Não são heróis, são pessoas comuns que se juntam por causa do gosto que têm em comum pelas coisas da natureza.
A 7 de Janeiro, outras pessoas, e algumas as mesmas, juntam-se para um passeio que lhes permita perceber melhor como podemos aprender a conviver com o fogo.
Não são heróis, são pessoas comuns, com o gosto comum em querer compreender a complexidade das coisas naturais.
A 14 e 15 de Janeiro, já depois de a 8 de Janeiro se juntarem algumas pessoas para fazer um dia de voluntariado diferente, algumas outras pessoas juntam-se numa oficina de engenharia natural, para saber o que fazer, à sua escala e com os meios que têm à sua disposição.
Não são heróis, são pessoas comuns que podem não ter soluções para resolver os problemas do mundo, mas acham que vale a pena procurar soluções para resolver alguns problemas da rua em que moram.
As plantas, os fungos, os animais, a água, o sol, o vento, o fogo, o solo, tudo isso e muito mais não quer saber da conservação da natureza, isso na verdade é um assunto de pessoas comuns e é com essas pessoas comuns que se fazem opções sobre a gestão dos valores naturais e a forma como os podemos usar sensatamente.
É um trabalho de pessoas, para pessoas e é por isso que a Montis tem os seus sócios no centro das suas preocupações.
Sem sócios que, mais de perto, ou mais de longe, vão acompanhando a evolução dos terrenos que gerimos, não só a Montis não tem futuro, como a conservação não tem interesse.
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