No dia 24, quarta-feira, haverá fogo controlado

"Haverá", escreveu-se no título, em vez de "há", porque o fogo controlado depende da meteorologia e se as previsões, hoje, 16, terça-feira, permitem pensar que na quarta 24 estará bom para queimar, não é seguro que não haja alterações.
Esta fotografia recente, de um voluntariado da DHL feito através de uma parceria Plantar 1 árvore/ Montis, é na área que queimámos na Primavera deste ano.
Sem esse fogo controlado, não seria possível estas pessoas estarem a fazer acções de gestão no sítio em que estão porque o giestal denso que existia impedia o acesso e o trabalho.
Ao contrário da maioria do fogo controlado feito em Portugal (e, provavelmente, no mundo), que tem como objectivo prioritário a gestão de combustível que permita ganhar controlo sobre o fogo (que, no nosso caso, é também um objectivo secundário), a Montis faz fogo controlado para criar oportunidades de gestão de áreas em que pretende aumentar o valor de biodiversidade através da gestão.
Esta fotografia é clara na demonstração de que queimar uma área não é criar um deserto: sem os troncos que sobram das giestas queimadas, seria difícil perceber que esta área ardeu há poucos meses.
A Montis desenvolveu um programa de fogo controlado, numa propriedade com cerca de cem hectares, deixando cerca de 50 hectares sem intervenção e criando três áreas distintas que pretende ir queimando de quatro em quatro anos, aproveitando o tempo entre dois fogos para as gerir de modo a torná-las mais ricas, mais biodiversas, mais resilientes ao fogo e socialmente mais úteis.
Naturalmente os fogos subsequentes ao primeiro têm de ser programados tendo em atenção as acções de gestão realizadas (que contam desde o início com o fogo que virá) e a evolução daí decorrente.
O que faremos na quarta-feira 24, se as previsões meteorológicas se mantiverem e não surgir nenhum sobressalto administrativo, é fechar o primeiro ciclo de fogos controlados, queimando a terceira parcela prevista.
Estamos com muita vontade de, finalmente, fazermos um fogo controlado de Outono (os outros dois foram de Primavera).
Depois, em 2019 não haverá nenhum fogo, e na época de 2020/ 2021, preferencialmente no Outono de 2020 se as condições permitirem, repetiremos o fogo na parcela que queimámos na Primavera de 2017.
Todos os que estiverem interessados em ver, conhecer, discutir estas opções, estão convidados para aparecer no baldio de Carvalhais, no dia 24, mas não se esqueçam de confirmar a queima nos próximos dias, não sabemos se a evolução meteorológica é a que hoje se prevê.
henrique pereira dos santos

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