Apesar de continuar a acompanhar o trabalho da Montis como sócia (e o mais presente possível), no final de Janeiro, eu, Rita, deixei de fazer parte da equipa técnica da Montis para me dedicar a outros projetos.
Deixo este post como uma despedida e um agradecimento muito especial a todos (sócios, voluntários, parceiros, direção e à equipa técnica da Montis) que me apoiaram este ano e meio e apoiam e fazem parte da Montis.
Resumir o que se fez na Montis no último ano e meio não é tarefa fácil. Cada sócio, cada propriedade, cada parceiro e cada atividade foram especiais. Mas em poucas frases, os últimos meses consistiram em acordar em tendas no Bioparque do Pisão, subir ao baldio enquanto a água descia e esbarrava nas construções de engenharia natural; estar entre os raios de sol que iluminam as guias podadas dos carvalhos e as manhãs na Cerdeirinha; deslumbrar o bosquete do mosteiro de são Cristóvão na Granja; mergulhar no Paiva em Costa Bacelo a olhar para a galeria ripícola que vinga sobre as acácias, ver o pôr do sol no Caramulo, mesmo em cima do Carvalhal de Vermilhas; e passar o final da tarde a conversar com os vizinhos de Deilão sobre as mudanças que a paisagem tem sofrido em Vieiro.
E só num ano meio as diferenças na paisagem já são notáveis. A área queimada do 3°fogo controlado, com apoio dos sócios, dos voluntários nomeadamente os académicos, os corporativos e os de longa duração, num instante se encheu de plantações, sementeiras e paliçadas e gabiões nas linhas de escorrência e a vegetação foi regenerando.
Na Cerdeirinha, a regeneração de carvalhos que dava pela canela já ultrapassa a nossa altura. E em Vermilhas apesar de com solos ainda meio despidos, e com a giesta a dominar, já começa a ser possível imaginar a sombra que os carvalhos farão daqui a uns aninhos. Hakeas em Vieiro já "quase" se tem dificuldade em encontrar e em Costa Bacelo os núcleos de acácia, apesar de precisarem de muita monitorização, de um jeito ou outro já foram atacados, tal como acontece na Granja.
E enquanto as propriedades evoluíam, nos últimos meses, foram sendo concretizados vários projetos que para além de permitirem apoiar os processos naturais nas propriedades permitiram abordar novas questões relacionadas com a gestão de paisagem. E sem dúvida que as novas propriedades são um bom resultado do esforço de todos, sócios e interessados que juntos atingiram o ambicioso objetivo do 4° crowdfunding da Montis, e que pessoalmente me deixa, e acho que deve deixar a todos os que participaram, muito orgulhosa.
Se tivesse que explicar a alguém o que é a Montis eu diria que é um conjunto de pessoas que se juntaram para apoiar a Natureza, a biodiversidade, e fazer qualquer coisa por ela, testando diferentes ideias e tentando envolver o maior número de pessoas possível.
E é pelo esforço e pelos resultados que já são visíveis que vale a pena seguir o trabalho que se tem feito e até mesmo fazer parte dele. Todos podem ajudar, aprender e ensinar quer nas atividades de voluntariado, quer nos passeios, quer noutras atividades.
Com o apoio de todos e de novos sócios e interessados que cada um pode trazer para a associação, daqui a mais um ano e meio os resultados serão ainda mais notáveis.
Ps. Agora se chover nos voluntariados já não podem dizer que é da minha pouca sorte
Muito obrigado,
Rita
Deixo este post como uma despedida e um agradecimento muito especial a todos (sócios, voluntários, parceiros, direção e à equipa técnica da Montis) que me apoiaram este ano e meio e apoiam e fazem parte da Montis.
Resumir o que se fez na Montis no último ano e meio não é tarefa fácil. Cada sócio, cada propriedade, cada parceiro e cada atividade foram especiais. Mas em poucas frases, os últimos meses consistiram em acordar em tendas no Bioparque do Pisão, subir ao baldio enquanto a água descia e esbarrava nas construções de engenharia natural; estar entre os raios de sol que iluminam as guias podadas dos carvalhos e as manhãs na Cerdeirinha; deslumbrar o bosquete do mosteiro de são Cristóvão na Granja; mergulhar no Paiva em Costa Bacelo a olhar para a galeria ripícola que vinga sobre as acácias, ver o pôr do sol no Caramulo, mesmo em cima do Carvalhal de Vermilhas; e passar o final da tarde a conversar com os vizinhos de Deilão sobre as mudanças que a paisagem tem sofrido em Vieiro.
E só num ano meio as diferenças na paisagem já são notáveis. A área queimada do 3°fogo controlado, com apoio dos sócios, dos voluntários nomeadamente os académicos, os corporativos e os de longa duração, num instante se encheu de plantações, sementeiras e paliçadas e gabiões nas linhas de escorrência e a vegetação foi regenerando.
Na Cerdeirinha, a regeneração de carvalhos que dava pela canela já ultrapassa a nossa altura. E em Vermilhas apesar de com solos ainda meio despidos, e com a giesta a dominar, já começa a ser possível imaginar a sombra que os carvalhos farão daqui a uns aninhos. Hakeas em Vieiro já "quase" se tem dificuldade em encontrar e em Costa Bacelo os núcleos de acácia, apesar de precisarem de muita monitorização, de um jeito ou outro já foram atacados, tal como acontece na Granja.
E enquanto as propriedades evoluíam, nos últimos meses, foram sendo concretizados vários projetos que para além de permitirem apoiar os processos naturais nas propriedades permitiram abordar novas questões relacionadas com a gestão de paisagem. E sem dúvida que as novas propriedades são um bom resultado do esforço de todos, sócios e interessados que juntos atingiram o ambicioso objetivo do 4° crowdfunding da Montis, e que pessoalmente me deixa, e acho que deve deixar a todos os que participaram, muito orgulhosa.
Se tivesse que explicar a alguém o que é a Montis eu diria que é um conjunto de pessoas que se juntaram para apoiar a Natureza, a biodiversidade, e fazer qualquer coisa por ela, testando diferentes ideias e tentando envolver o maior número de pessoas possível.
E é pelo esforço e pelos resultados que já são visíveis que vale a pena seguir o trabalho que se tem feito e até mesmo fazer parte dele. Todos podem ajudar, aprender e ensinar quer nas atividades de voluntariado, quer nos passeios, quer noutras atividades.
Com o apoio de todos e de novos sócios e interessados que cada um pode trazer para a associação, daqui a mais um ano e meio os resultados serão ainda mais notáveis.
Ps. Agora se chover nos voluntariados já não podem dizer que é da minha pouca sorte
Muito obrigado,
Rita
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