Alguém sabe o que isto pode ser?

Esta semana fomos a Vieiro apresentar a propriedade à Inês e à Sofia, voluntárias que vão estar connosco uma semana a controlar invasoras, a podar carvalhos, e a abrir alguns caminhos.

É visível em Vieiro o trabalho que foi feito pelos voluntários do projecto LIFE VOLUNTEER ESCAPES. Os dois núcleos de invasoras existentes estão largamente intervencionados, com descasques e arranques. Grande parte das mimosas descascadas estão a morrer, mas há já bastante rebentação na toiça. Nos próximos voluntariados iremos trabalhar no arranque desta rebentação. Apesar de as mimosas estarem a secar, é visível que estes núcleos de invasoras estão a expandir lentamente em área (certamente mais lentamente do que se não tivessem sido intervencionados).

Rebentação das mimosas descascadas

Vista geral sobre um dos núcleos de invasoras, com árvores descascadas há mais tempo já secas, e outras descascadas mais recentemente ainda com folhas

Ao contrário do que vemos no baldio de Carvalhais, as plantações feitas em Vieiro têm uma taxa de sobrevivência bastante razoável. Parece-nos que o facto de Vieiro estar numa encosta voltada a Norte torna a sobrevivência das plantações mais alta. Influenciará também esta sobrevivência a qualidade do solo e a disponibilidade de água (temos plantado em antigos socalcos agrícolas, próximos de linhas de água).

Carvalhos plantados em 2018, com crescimentos residuais mas vivos

Também se vê muito do trabalho de poda de condução feito nos carvalhos. Esperamos que estas podas acelerem o crescimento vertical destes carvalhos nos próximos anos, e os preparem melhor para o próximo fogo. Pelo menos no que diz respeito à formação das árvores parece-nos que estas podas têm efeitos positivos, assim como há efeitos positivos no aumento da resiliência ao fogo pela criação de descontinuidades de vegetação.

Carvalhos podados e conduzidos pelos voluntários

Já se vêem também as bolotas que iremos ter para a próxima época de Outono e Inverno.

Bolotas de carvalho que começam a aparecer

Mas voltando ao título deste post, num dos socalcos onde plantamos e podamos carvalhos, próximo do ribeiro principal de Vieiro, vimos vários carvalhos com 1,5 a 2,0 m de altura cortados e raspados. As fotos estão abaixo. Estes carvalhos estão distribuídos ao longo do caminho que foi aberto por voluntários para as plantações e podas. Estas feridas não foram feitas por voluntários da MONTIS. Alguém tem sugestões acerca do que se possa tratar?

Jóni Vieira









Comentários

  1. Olá MONTIS, existem veados na região onde aconteceu isso com os carvalhos? Não digo que seja essa a explicação, principalmente no que diz respeito aos cortes. Mas sei que os veados, quando as hastes estão a amadurecer e a soltar o veludo, raspam-nas em arbustos altos árvores com troncos finos. Foi o que me lembrei ao ver as imagens mas certamente poderão haver outras explicações. Fica a sugestão! ;)

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  2. Também me lembrei dos veados na parte raspada

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  3. Concordo com a sugestão da possibilidade do veado, mas também existe forte probabilidade na zona da ocorrência de corço. Uma foto armadilhagem pode resolver o enigma. Abraço

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  4. Obrigado a todos pelas sugestões. Estamos a instalar câmera para ver se conseguimos apanhar alguma coisa.

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