A MONTIS foi encarregue de desenvolver um Modelo de Gestão Florestal para duas propriedades da EDP Produção (EDPP). Estas propriedades, com um total de cerca de 16,5 ha, localizam-se na envolvente da barragem e da albufeira de Santa Luzia, em Pampilhosa da Serra.
Com o mote: "Há valor nos terrenos marginais", o objetivo deste projeto é aplicar os princípios orientadores da MONTIS à gestão dessas propriedades, numa perspectiva de criar valor acrescentado nestes terrenos com o apoio da população local e para usufruto da mesma.
Para cativar o envolvimento da população local no apoio à gestão destes terrenos, fomos apresentar o modelo de gestão no passado dia 3 de fevereiro. A sessão teve lugar na Casa de Convívio de Souto do Brejo, com a presença de 21 pessoas, entre elas os presidentes das Juntas de Freguesia de Cabril, Fajão, Janeiro de Baixo e Unhais-o-Velho.
A abertura da sessão contou com a intervenção da Câmara Municipal da Pampilhosa da Serra, através do vereador Rui Simão, que começou por agradecer o dinamismo que a MONTIS e a EDPP estão a dar à região e incentivou a plateia a envolver-se nas ações de gestão apresentadas.
Após uma breve contextualização da parceria e do projeto, apresentada pela presidente da MONTIS, Teresa Mª Gamito, e pelos representantes da EDPP André Soeiro e Noel Marcos, a técnica da MONTIS, Lúcia Pereira, apresentou as várias intervenções que estão planeadas no Modelo de Gestão Florestal.
Este Modelo de Gestão Florestal conta com intervenções de plantação e sementeira, engenharia natural, podas de condução de regeneração natural, manutenção e criação de trilhos, restauro de galeria ripícola, controlo de espécies exóticas invasoras e reconversão de uso/ beneficiação.
Foram estas duas últimas tipologias de intervenção que tiveram mais impacto na plateia, tendo lançado um debate informal sobre as metodologias e pessoas a envolver, também com o apoio do técnico da MONTIS, João Freitas.
Foram explicadas e discutidas as metodologias para controlo de acácias, tendo sido debatida a eficácia dos métodos manuais como descasque e arranque, propostos pela MONTIS, contra os métodos mais "práticos" de cortar e usar herbicida.
Como intervenções para reconversão do uso/beneficiação está planeada a criação de um canteiro de plantas aromáticas, de um "pomar" de espécies silvestres e de uma horta tradicional em socalcos.
Durante a apresentação destas ações foi lançado o desafio à plateia de assegurar esta gestão, uma vez que seria a população local a beneficiar também dos seus resultados. No entanto foram levantadas algumas questões relativas à dificuldade em angariar pessoas interessadas, sobretudo pela dificuldade em monitorizar o trabalho da população quer para garantir que as ações são desenvolvidas corretamente, quer para assegurar que quem tira partido dos resultados sejam os mesmos que ajudaram na gestão.
Ficou então decidido que a forma mais eficaz de angariar interessados e gerir o trabalho da população local, seria as Juntas de Freguesia presentes divulgarem o projeto junto de associações e outros grupos locais e gerirem a intervenção dos interessados. A MONTIS referiu que poderia coordenar ações no terreno desde que tivesse pelo menos quatro inscritos.
Depois da apresentação e discussão ainda houve tempo para um coffee-break e momento de convívio.
Agradecemos à CM Pampilhosa da Serra, pelo apoio na realização desta sessão, e aos vários participantes pelas sugestões e interesse demonstrado.
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