Quando começámos a pensar na ideia de comprar terrenos com recurso a uma subscrição pública, e fizemos as primeiras contas, a quantidade de pessoas que nos disseram que era impossível, em Portugal, valer a pena tentar, foi muito grande.
Ao fim de duas semanas, das oito que a campanha terá, é impossível dizer se esta campanha chegará aos seus objectivos.
Mas já é possível ser convincente a dizer que já valeu a pena, que 3000 mil euros em quinze dias, mais sessenta doadores, muitos mais apoiantes que nos incentivam e divulgam, são coisas que nos fazem dizer que estamos longe, mas estamos muito mais perto do que pensávamos estar nesta altura.
Os muitos que, militantemente ou não, nos disseram que seria um absurdo pensar sequer na hipótese de haver em Portugal gente suficiente para que valesse a pena tentar, foram uma ajuda fundamental, diga-se sem qualquer ironia.
Obrigaram-nos a pensar, repensar, mudar opções, a dar passos prudentes, a procurar responder a cada uma das objecções, a desenhar umas recompensas que nos parecem simpáticas, ou seja, a preparar tudo da forma mais profissional que fomos capazes.
Muita água ainda vai correr sob as pontes até ao fim da campanha, nada está ainda assegurado, mas estas mais de sessenta pessoas que contribuíram já nos fazem ficar muito, muito contentes.
Já ninguém nos tira o gosto de sentir que correr riscos é mais gratificante que ficar sentado à espera que chova.
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