A Montis começou sem capital e sem uma ideia mobilizadora e fácil de transmitir por ter optado por se centrar na gestão directa de terrenos economicamente marginais;
Procurou, o
mais rapidamente possível, ter dois instrumentos: a) terra para gerir, para
poder demonstrar o que pretendia fazer; b) apoio profissional para gerir a
associação, para poder ter disponibilidade para as pessoas que se interessam
pelo que fazemos;
Com uma
subscrição pública que correu surpreendentemente bem foi possível comprar
terrenos e depois ter apoio profissional que permitiu estabelecer contratos
de gestão;
Chegados a
esse ponto, ficámos com um problema nas mãos: era preciso gerir os terrenos, por
mais suavemente que fosse, e os recursos existentes eram muito escassos para o que era
necessário fazer;
A solução
encontrada foi recorrer a acções regulares de voluntariado, apoiadas no único
funcionário da Montis, enquanto procurávamos recursos para conseguir aumentar a
nossa capacidade de gestão;
O modelo
encontrado permitiu resultados reais, mesmo que se considerem limitados,
demonstrando a necessidade de continuar a procurar recursos que nos permitam
gestão técnica profissional mas também as imensas oportunidades abertas pela
integração de voluntários no trabalho de gestão;
A actual
campanha de crowdfunding (ver aqui) permitirá aumentar os recursos para
estruturar melhor um programa de gestão que use o voluntariado de uma forma
mais consistente;
Pretendemos
programar, executar, acompanhar e avaliar o conjunto de iniciativas previstas
na subscrição pública, bem como a captação de voluntários internacionais,
transformando o envolvimento das pessoas em trabalho de gestão concreto no
terreno e o trabalho de gestão em oportunidades para as pessoas que queiram
sujar as mãos na terra;
Estas opções
implicam, provavelmente, mexer nos nossos planos de gestão para incorporar
melhor estes aspectos, introduzindo mais informação (por exemplo, informação
sobre os caminhos velhos, que deveremos tentar reabrir, mesmo fora dos nossos
terrenos, quando se justifica), uma melhor caracterização das diferentes áreas
e mais clareza nas razões pelas quais fazemos cada uma das acções que fazemos,
identificando as acções necessárias em função do nível de exigência a que
obrigam;
No
essencial, o que queremos é que haja gente mais capaz de gerir territórios e
paisagens com objectivos de conservação da natureza, usando o crowdfunding para
financiar o que raramente pode ser financiado pelas outras fontes de
financimento da gestão de terrenos a que recorremos: o envolvimento das pessoas
comuns e a abertura de oportunidades para que todos possam ter o imenso prazer de ver crescer o que foi cuidado por cada um.
E é para isso que pedimos que contribuam, para que possamos ter mais gente e gente mais capaz a gerir as paisagens de que gostamos, para as levar a ser o que gostaríamos que fossem.
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