Fotografia de João Cosme
O título do post é uma pergunta que ouvimos com frequência, e é perfeitamente legítima.O orçamento da campanha está pormenorizado aqui, na página em que pode ser apoiada.
O que queremos é fazer um campo de trabalho internacional que nos abra a porta para outros parceiros capazes de fazer a ligação para a comunidade das pessoas que na Europa se movimentam apoiando organizações que fazem gestão do território para a conservação.
Queremos também financiar 4 fins de semana voluntários que nos permitam trazer pessoas para a gestão de áreas de conservação, mas também levar a essas pessoas a experiência e conhecimento que formos capazes de mobilizar para que continuem a olhar para a paisagem à procura de oportunidades para, à sua escala, criar biodiversidade.
Queremos ainda financiar a realização de três oficinas de engenharia natural, com formadores de elevado nível e muito trabalho prático de aplicação de técnicas suaves de recuperação de solo e gestão da água, para ter mais gente disponível para tomar decisões informadas sobre como intervir sustentavelmente na gestão da paisagem, tirando partido das forças da natureza em vez de as tentar combater.
Queremos ainda financiar quatro acções de capacitação de outros projectos de conservação, que integrem uma rede consistente de intervenção no território, com objectivos de valorização do património natural. Esta é a única acção que não será necessariamente no baldio em que nos propomos intervir, é uma acção em que procuramos reforçar a rede de projectos de conservação da região, apoiando acções de gestão em projectos de terceiros e aprendendo também com essas experiências.
Para o conjunto destas acções, desenhadas como acções práticas de gestão coerentes com os planos de gestão que temos, temos de comprar materiais que nos ajudarão também a manter no futuro o modelo de intervenção.
E a campanha inclui 5 mil euros para gestão de todo o programa: preparação das acções, mobilização de participantes, apoio logístico, apoio à formação, avaliação de resultados e participação nas acções de gestão.
É muito dinheiro, é certo, mas esperamos que desta forma consigamos reforçar o envolvimento de pessoas na gestão, adaptando as acções aos diferentes públicos e capacidades de cada um (se já integrámos as pessoas de mobilidade reduzida na quase totalidade dos nossos passeios, ainda não desistimos de ter soluções para as integrar em acções de gestão, por exemplo).
Mas sobretudo pensamos poder dizer, no fim de executadas todas as acções, e gasto todo o dinheiro que generosamente seja posto à nossa disposição, que estão criadas condições para seguir nesta linha de trabalho, com experiência e capacidade para manter o modelo de intervenção.
Para nós este não é dinheiro para usar uma vez, é investimento em processos que se prolongam muito para lá do tempo de execução da campanha.
Assim nos apoiem na campanha, assim sejamos capazes de executar o proposto e tenhamos a humildade para avaliar lucidamente os erros que fatalmente cometeremos, corrigindo-os, para poder produzir informação regular, aberta, pública, transparente e objectiva sobre a aplicação de cada cêntimo que nos ponham nas mãos.
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