Hoje há voluntários, amanhã não sabemos

https://vimeo.com/volunteerescapes/teaser
O vídeo a que este link dá acesso é o vídeo de divulgação do projecto LIFE que a Montis coordena, e que junta mais oito parceiros, assente na ideia de trazer voluntários para a gestão da Rede Natura 2000.
A Montis tem vindo a construir, passo a passo, um programa de voluntariado que está ainda longe de ser um programa maduro.
A razão para a Montis investir na criação de um programa de voluntariado consistente não se prende com o facto do voluntariado ser mão de obra barata, bem pelo contrário, o voluntariado é caro em relação ao trabalho técnico quando se comparam custos e resultados.
Se é verdade que as pessoas não recebem, não é menos verdade que é preciso dinheiro para as mobilizar (por exemplo, para fazer o vídeo com que se começa este post), é preciso dinheiro para as organizar, é preciso dinheiro para seguros, é preciso dinheiro para as alimentar e alojar, é preciso dinheiro para as acompanhar tecnicamente e formar e, no fim, naturalmente, por melhores que sejam os voluntários, dificilmente a eficiência do seu trabalho se pode comparar à eficiência do trabalho profissional.
A razão central para insistirmos nisto do voluntariado é mesmo porque queremos ter mais gente, gente mais diferente, a gerir os processos naturais, a tentar, a falhar, a ver resultados surpreendentes ou decepcionantes, ou seja, queremos que cada uma das pessoas que vêm trabalhar connosco volte para casa com mais capacidade para ter ideias próprias fundamentadas sobre a gestão do território e dos valores naturais, mesmo que essas ideias sejam diferentes das nossas.
No caso deste programa, do que estamos a falar é de um voluntariado de longa duração (tipicamente, seis meses), o que nos permite funcionar como uma verdadeira escola de natureza para quem chega e nos permite também alargar os nossos horizontes com as ideias de quem vier trabalhar connosco.
O programa assegura alojamento e alimentação, apoiamos tecnicamente o trabalho, discutimos ideias e ainda teremos tempo para tudo o resto.
Para quem queira ter um período produtivo nos domínios da conservação, aplicando o que aprendeu ou aprendendo com o que vai aplicando, é uma espécie de estágio, não remunerado, é certo, mas também sem despesas. Uma boa oportunidade para pensar na vida e no mundo.
Connosco, Montis, ou com cada um dos nossos parceiros, procurem informação, avaliem bem se vos serve e inscrevam-se, se for o caso.
Não prometemos o paraíso, mas faremos tudo para que tenham pena de não ficar mais tempo.

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