Sexta-feira, 11 de
outubro de 2019
Cerca das 10 horas começámos a colher o milho. Não esperávamos algo tão rápido! Foi realmente um trabalho de manual muito rápido. Tivemos que começar uma linha e avançar todos juntos, separar o milho da planta e atirá-lo para um balde. O passo mais complicado foi de encontrar as plantas de milho que têm mais de uma espiga pendurada na parte inferior da planta. Estivemos principalmente dedicados a esta tarefa, mas houve um pequeno grupo de 2 ou 3 pessoas a levar os baldes cheios de espigas para o camião principal (que estava responsável por levá-los para a próxima etapa do procedimento), e também para trazer os baldes vazios de volta ao ponto de coleta de milho.
Nunca nos sentimos desconfortáveis ou entediados de trabalhar neste novo lugar com estas pessoas. Estavam sempre a falar connosco e estavam muito interessadas em nos conhecer. Faziam piadas, discutiam muitas coisas e a compartilhavam ideias ao mesmo tempo.
Com este rápido trabalho físico começámos a sentir o calor do sol perto do meio dia quando chegou acima das nossas cabeças. E… foi neste exacto momento que ouvimos algum a dizer «Manger…Manger» (Comida…Comida). Fizeram um pequeno lanche no meio do campo. Lá tivemos a sorte de provar o local vinho caseiro com presunto, queijo e pão.
Depois de trabalhar mais uma hora começámos ver os resultados no campo. Fomos surpreendidos com o progresso do trabalho. E foi aí que nos lembrámos da frase «A união faz a força».
Ofereceram-nos o almoço num restaurante perto dos campos, com comida realmente deliciosa. Perguntaram se seria possível ficar até à noite para continuar a ajudá-los com a próxima etapa de preservação do milho, e a bondade, a hospitalidade e o estilo de trabalho deles não nos deixou outra opção senão aceitar sua oferta.
Com a calor crescente do sol da tarde o trabalho ficou um pouco cansantivo e o Vicky teve que fazer várias pausas para beber. Felizmente havia algumas videiras com uvas pretas totalmente maduras. O Vicky nunca tinha tido a sorte de provar uvas directamente da videira até este dia, pelo que ficou particularmente feliz naquele momento.
Trabalhar nos campos de milho foi a nossa primeira experiência nos campos
agrícolas, e também a dos outros voluntários. E claro colher milho num clima quente
e ensolarado era entusiasmante para todos nós!
O dia começou com a viagem para a pequena aldeia que se chama «Covas do
Monte» passando pelos caminhos das montanhas. Connosco foram também o Pedro, o
Tom e o Nuno da Montis. A paisagem era tão bonita que paramos por uns momentos para
aproveitar a vista magnífica, num lugar perto do «Portal do Inferno», que
merece definitivamente uma visita para as pessoas interessadas em paisagem de
alta altitude.
As pessoas que nos receberam foram muito simpáticas. Algumas falam francês
também, pelo que nunca tivemos problemas na comunicação. Fomos surpreendidos
pela forte “unidade” na família para se ajudarem uns aos outros no campo. Não
estamos acostumados a ver tal união dentro de uma comunidade. Não é algo comum
na nossa sociedade moderna e individualista.
Cerca das 10 horas começámos a colher o milho. Não esperávamos algo tão rápido! Foi realmente um trabalho de manual muito rápido. Tivemos que começar uma linha e avançar todos juntos, separar o milho da planta e atirá-lo para um balde. O passo mais complicado foi de encontrar as plantas de milho que têm mais de uma espiga pendurada na parte inferior da planta. Estivemos principalmente dedicados a esta tarefa, mas houve um pequeno grupo de 2 ou 3 pessoas a levar os baldes cheios de espigas para o camião principal (que estava responsável por levá-los para a próxima etapa do procedimento), e também para trazer os baldes vazios de volta ao ponto de coleta de milho.
Nunca nos sentimos desconfortáveis ou entediados de trabalhar neste novo lugar com estas pessoas. Estavam sempre a falar connosco e estavam muito interessadas em nos conhecer. Faziam piadas, discutiam muitas coisas e a compartilhavam ideias ao mesmo tempo.
Com este rápido trabalho físico começámos a sentir o calor do sol perto do meio dia quando chegou acima das nossas cabeças. E… foi neste exacto momento que ouvimos algum a dizer «Manger…Manger» (Comida…Comida). Fizeram um pequeno lanche no meio do campo. Lá tivemos a sorte de provar o local vinho caseiro com presunto, queijo e pão.
Depois de trabalhar mais uma hora começámos ver os resultados no campo. Fomos surpreendidos com o progresso do trabalho. E foi aí que nos lembrámos da frase «A união faz a força».
Ofereceram-nos o almoço num restaurante perto dos campos, com comida realmente deliciosa. Perguntaram se seria possível ficar até à noite para continuar a ajudá-los com a próxima etapa de preservação do milho, e a bondade, a hospitalidade e o estilo de trabalho deles não nos deixou outra opção senão aceitar sua oferta.
Com a calor crescente do sol da tarde o trabalho ficou um pouco cansantivo e o Vicky teve que fazer várias pausas para beber. Felizmente havia algumas videiras com uvas pretas totalmente maduras. O Vicky nunca tinha tido a sorte de provar uvas directamente da videira até este dia, pelo que ficou particularmente feliz naquele momento.
Cerca das 6 horas acabámos de colher o milho. Andamos em muitos
campos para fazer isso, portanto toda a gente estava satisfeita por ver o
resultado final, mesmo quem estava um pouco cansado. Posto isto, voltámos a
merendar, desta vez na casa do proprietário. De novo, ficámos muito surpresos
porque nunca vimos uma casa igual. Todas as paredes internas eram pretas,
feitas de rocha local, e os móveis eram antigos. Não eram como as casas que
costumávamos ver. Esta parecia congelada no tempo.
Depois chegamos ao pátio da casa. Descobrimos que era muito
grande e todos as espigas que tínhamos colectado durante o dia foram colocados
em um canto. Alguns de nós começaram a descascar as cascas e a limpar as
espigas enquanto outros preparavam o depósito para armazenar as espigas
descascadas.
Fotografias de Nuno Neves
Após o jantar, de novo no restaurante, continuámos a trabalhar até as
22h30. A parte mais interessante desta etapa de preservação do milho foi que
algumas outras pessoas se juntaram a nós e ajudaram a descascar e limpar as
espigas. Sempre ouvimos falar da vida da aldeia onde as pessoas se ajudam
mutualmente no trabalho, mas foi a primeira vez que vimos na pratica.
No fim desse longo dia fizemos nossa despedida com doces artesanais. Eles
ficaram muito feliz por nos receber e pela nossa ajuda, e nós igualmente. Foi uma experiência
inesperada e única para todos nós. Um longo, longo dia cheio de surpresas!
Vicky & Katia
English version:
Friday the 11th Oct 2019,
Working on the corn fields as a volunteer was our first experience in agricultural fields, and it was also the first time for the others volunteers too. And of course picking up corns on a sunny and warm weather was a bit exciting for all of us.
The day started with the ride to the small village called “Covas do Monte” along with us and Pedro, Tom and Nuno from MONTIS passing over the mountain roads. The landscapes were so amazing that we were bound to stop for a while to enjoy the peaceful sight. It was in a place near the “gate of the hell” (“Portal do Inferno”), which deserves definitively a visit for those who love to watch landscapes from a very high altitude.
The villagers who welcomed us on our arrival were super friendly. Some of them speak French too, so we never had any communicational problem. We were a bit surprised to see their unity in the family to help each other on the field, because we’re not used to see such a union within a community. It’s not something usual in our modern and individualist society.
Around 10am in the morning when we started out working on the fields, we were not expecting something like this fast. It was a super-fast hand work. We had to start from a row and advance all together cracking the corns from the plant and throwing into the bucket. The trickiest part for all of us was to find the exceptional corn plants that have more than one corn hanging in the lower part of the plant. Mostly we were doing this stuff but there was a small group of 2 or 3 people who were engaged for taking the buckets full of corns to the main truck which will be carrying them for the next step of the preservation procedure, and also to bring the empty buckets back to the corn collecting spot.
We never felt bored or uneasy to work in a new place with those people as they were always talking to us during the work. They were indeed very interested to know about us. They were making jokes, discussing over things, sharing ideas at the same time.
Along with that rapid physical labor, we started to feel the heat of the sun near to the mid-day when it was above our head. And yes!! That was the exact moment when we heard one of them saying “Manger… Manger…” (Food). They arranged a little snack in the mid of the field. There we tasted the local homemade wine with cheese ham and bread.
After working one more hour we could see the real result on the fields. We were really surprised with the progress on the work. That is when we remembered the words “Unity is strength”.
The villagers offered us the lunch at a restaurant near to the fields. The food was really nice there. There they discussed if it is possible for us to work till the evening and also to help them with the next process to preserve the corns. Their hospitality and working style left us no other option than accepting their offer to work till the evening.
With the raising heat of the sun in the afternoon it was getting so complicated that Vicky had to take several drink pauses. Fortunately there were some grape trees beside with fully grown black grapes. Vicky never had the chance in his life to taste grapes directly from the tree till that day, that’s why he was particularly happy at that moment.
Near around 6pm we were done with collecting the corns. It was a hell lot of fields that we marched through to do it. We were all satisfied to see the final result. Everyone was a bit tired and then it comes again that the land owner offers us a snacks again but at their own house. Again, we were very surprised, because we have never seen such a house. All the interior walls were black, made of local rock, and the furniture was ancient. It was not like the houses we’re used to see. This one seemed like frozen in the time.
While reaching the courtyard of the land owner’s house we discovered that it’s really big and all the corns that we collected during the day were placed in a corner of the courtyard. After the snacks some of us started to peel the skins and clean the corns while some other were preparing the storage room to store the peeled corns.
After the dinner in the restaurant again, we still continued to work till 10:30pm. The most interesting part of this preservation procedure was that, after the fall of sun we got some accompany of some local villagers who were helping in peeling and cleaning process. We have always heard of village life where people help each other in their works, but this was the first time that we have practically seen it.
At the end of all of these, we made our farewell with handmade sweets. They were very happy to have us and to help them, and so were we. It was a quite unexpected and unique experience for all of us. A long, long day, full of discovers.
Katia & Vicky
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