O ponto mais alto

A 1074m, ergue-se o Caramulinho, o ponto mais alto da Serra do Caramulo. No último passeio da biodiversidade de 2019, a 28 de Dezembro, fomos visitar este cabeço da Serra, numa tarde de sol de inverno.


No largo a baixo do Caramulinho, começámos o nosso percurso de 7km, em direcção à primeira aldeia que visitámos: Jueus.

Durante a caminhada, observámos os campos de pastagem que apareciam no horizonte, e como se misturavam com outras parcelas de floresta, criando uma paisagem em mosaico, com diferentes tipos de habitat.


Fomos percorrendo a Serra por entre os caos de blocos que se faziam notar na paisagem. Esta característica de paisagens graníticas, ocorre devido à erosão sofrida nestas rochas magmáticas após o seu arrefecimento e pressão. Por vezes devido à fraqueza no exterior destes granitos, acontecem fissuras em formas que fazem lembrar o topo de broas de milho. Estas formas nomeiam estas rochas de "Pedras Boroas" e no caminho encontrámos algumas.


Pedra boroa na Serra do Caramulo

Antes da chegada a Jueus, fizemos um pequeno desvio para vermos uma interessante árvore na Serra do Caramulo, o teixo (Taxus baccata). O teixo é uma árvore com uma toxicidade algo elevada, o que levou ao seu corte extensivo pela população no passado, por envenenamentos principalmente no gado.

Taxus baccata

Na entrada de Jueus, falámos um pouco dos caleiros que fomos encontrando. Estes regos, transportavam a água da Serra até às aldeias da região, e deram o nome ao percurso deste dia "A Rota dos Caleiros".

Parámos no Posto de Observação da Natureza de Jueus, uma antiga escola primária que foi restaurada e aproveitada no âmbito de um projecto da associação CEIS Caramulo, com o objectivo de criar um espaço interpretativo de fauna, flora, geologia, paisagem e etnografia na aldeia.


Já com o pôr-do-sol no horizonte, continuámos o nosso percurso de volta ao Caramulinho, para finalizar o dia em convívio com uma merenda e vista desde o topo da Serra do Caramulo.

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