Está neste momento a decorrer o Campo de Trabalho Internacional (CTI) da MONTIS, este ano financiado pelo IPDJ. Tem sido uma semana cheia de trabalho, aprendizagem e muitos momentos de lazer.
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Voluntários do CTI durante a tarde de lazer no Poço Azul.
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Grupo de participantes do CTI 2022 da MONTIS no baldio de Carvalhais
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Mas o foco deste post não é o Campo de Trabalho Internacional. É algo que verificámos durante um dos dias de trabalho.
Há quatro anos atrás fizemos fogo controlado na área da fotografia abaixo. Os (poucos) carvalhos existentes (com cerca de 3 a 4 metros de altura), regeneraram logo após o fogo e cresceram com boa velocidade. Neste momento têm uma razoável vantagem competitiva em relação ao giestal que se voltou a instalar.
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Carvalho que ardeu há 4 anos durante o fogo controlado e se encontra agora com vantagem competitiva em relação ao giestal. |
Durante este dia de voluntariado estivemos a podar alguns pinheiros que estamos a conduzir em altura, e encontrámos alguns carvalhos pequenos a crescer debaixo do pinhal (entre 10 a 20 cm). Com a curiosidade resolvemos também ir até junto do carvalho que está na fotografia acima, e pelo caminho encontrámos um ou dois novos carvalhos pequenos, também a regenerar entre o giestal, dentro da área tratada com fogo controlado. Ficamos particularmente contentes com estes resultados porque nos indicam que o fogo serviu para dar vantagem competitiva aos carvalhos maiores e, especulámos nós, para abrir algum espaço entre o giestal que serviu para que as bolotas chegassem ao solo dentro da nossa área de gestão. Já agora, o carvalho da fotografia já produz descendência, como é visível na fotografia abaixo.
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Bolotas produzidas por um dos poucos carvalhos de médio porte existentes na área de gestão da MONTIS no baldio de Carvalhais.
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Pequeno carvalho em crescimento na área de fogo controlado, no meio do giestal. |
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Pequeno carvalho a crescer por baixo do carvalho da primeira fotografia. |
Continuando com a especulação, se nos próximos fogos controlados estes carvalhos pequenos tiverem o mesmo comportamento que algumas das árvores que temos plantado (árvores com cerca de 15 a 20 cm que arderam num fogo controlado e voltaram a rebentar passados 3 a 4 meses), parece-nos que é um sinal de que a nossa gestão no baldio de Carvalhais poderá estar a funcionar.
Mas como dissemos, esta é apenas uma especulação tendo por base o que até agora temos visto acontecer nos 100 ha que gerimos. Até lá continuaremos atentos ao que a natureza faz e à forma como responde às nossas acções de gestão.
Jóni Vieira
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