O resultado do fogo controlado de 2023

Fizemos na passada segunda-feira, dia 3 de Abril, o sexto fogo controlado no Baldio de Carvalhais. Com este fogo, finalizámos o plano de fogo controlado iniciado em 2017, tendo queimado três parcelas duas vezes, com intervalos de quatro anos entre queimas.

O fogo controlado deste ano foi realizado na parcela de 15 ha previamente queimada em 2019. Após o fogo controlado de 2019 aproveitou-se as áreas abertas pelo fogo para realizar plantações e sementeiras, no entanto, as taxas de sobrevivência destas plantações foram baixas e com o elevado crescimento dos matos o acesso ao interior da parcela ficou impedido. Esperamos que com a queima deste ano, estas plantações que estavam "abafadas" por matos, regenerem com maior vantagem competitiva.

O fogo controlado iniciou-se com ignições na estrema norte. Os técnicos dividiram-se em 2 equipas: uma equipa Norte e uma equipa Sul, que foram fazendo a faixa negra em simultâneo nas 2 faixas de contenção da parcela, e tentando fazer o fogo entrar na parcela. O fogo começou muito lentamente, com dificuldade em entrar na parcela por falta de material fino seco e bastante material vivo com humidade, como silvas. No entanto, com a ajuda do vento o fogo foi entrando na parcela e foram também feitas ignições no interior que ajudaram o fogo a subir um dos cabeços, tendo sido queimada grande parte da área desse cabeço.

A meio do dia já se tinha queimado a faixa negra ao longo das duas faixas de contenção e iniciou-se a queima da faixa negra ao longo da faixa de contenção contígua com a parcela queimada em 2022. Aqui, com a ajuda do vento, o fogo entrou mais facilmente no interior da parcela tendo subido e queimado grande parte de outro cabeço. Ao longo desta faixa de contenção, foi salvaguardado um bosquete de amieiros, que se pode ver na foto seguinte.

Foi também queimada parte da área na cota mais baixa da parcela, junto à faixa de contenção. 

Estimámos que tenha ardido entre 40 a 50% da parcela, criando oportunidades de gestão para o futuro. 

João Freitas


Comentários