A relação da MONTIS com as técnicas de engenharia natural já tem vários anos e foi este o mote da participação da associação na oficina de engenharia natural recentemente organizada pela APAP (Associação Portuguesa dos Arquitectos Paisagistas), juntamente com a ECOSALIX.
Mas voltando ao início: o crowdfunding "E tu e eu o que temos que fazer?" previa uma série de oficinas de engenharia natural no baldio de Carvalhais. Porém, com os incêndios de 2016 a afetarem a Serra da Freita, optou-se por fazer a primeira, nesse mesmo ano, no baldio da Ameixoeira, Arouca. A área era gerida por um parceiro da MONTIS e correspondia a uma área declivosa, a apresentar várias necessidades de intervenção pós-fogo (podem ver um balanço dessa primeira oficina AQUI).
Resultado da oficina de engenharia natural, no baldio da Ameixoeira. |
Desde então, a MONTIS já organizou uma série de oficinas de engenharia natural e além disso, usa recorrentemente estas técnicas nas suas propriedades. Mas porque usa a MONTIS engenharia natural?
Porque a visão da MONTIS de intervir estrategicamente nas propriedades, aumentando o capital natural e melhorando as condições de evolução da vegetação natural alinham-se perfeitamente com os resultados obtidos através da aplicação destas técnicas, nomeadamente: Maior retenção do solo; Maior infiltração de água; Melhores condições para a vegetação.
Paliçada, após o corte dos eucaliptos, em Pampilhosa da Serra |
E algo também muito importante, como anteriormente descrito, são “ações de gestão realizadas por pessoas que querem sentir nas mãos a possibilidade de gerir a natureza” e nada como aprender fazendo.
Assim, no passado dia 17 e 18, a MONTIS respondeu de forma positiva a este convite da APAP e da ECOSALIX e participou de forma ativa no dia 17, quer na parte teórica da manhã, falando da experiência que foi acumulando, partilhando o que tem corrido bem e menos bem (ou mal), quer na parte prática, à tarde.
Sessão teórica |
Dado que a formação decorreu na região de Lisboa, na parte da tarde fomos visitar a área gerida pela MONTIS na Malveira, com o foco em discutir as possibilidades de intervenção na linha de água que atravessa a propriedade e que tem vários desafios (uma das várias razões porque organizámos o colóquio dedicado às pequenas linhas de água).
A linha de água, na Malveira. |
Aqui houve oportunidade de experimentar várias técnicas, como a construção de soleiras (barreiras perpendiculares face à linha de água) com recurso a madeira existente no local ou através de biorolos de coco, aplicação de manta orgânica e estacaria de salgueiro.
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