EBIO ou Biospots em Costa Bacelo?


Desde que a MONTIS começou a gerir a propriedade de Costa Bacelo, em 2015, que alguns dos objetivos são valorizar a sua biodiversidade e garantir as condições para uso público.

Nesse sentido, no início de 2023 surgiu a ideia de instalar uma Estação de Biodiversidade (EBIO), que consiste num percurso pela propriedade, acompanhado de painéis informativos sobre a sua biodiversidade. O objetivo será divulgar o trabalho desenvolvido pela MONTIS e promover a participação pública na inventariação da fauna e flora da propriedade. 

Com este projeto em mente, temos, desde 2023, e ainda mais em 2024, intensificado o esforço de monitorização e levantamento da biodiversidade para recolha de informação para os painéis previstos. Em 2023, fizemos um bioblitz de insetos e, em 2024, já tivemos uma interessada em fazer um estágio com a MONTIS sobre a temática de mamíferos, e a quem propusemos que se focasse em Costa Bacelo.

No passado dia 4 de julho, fizemos com a ALTRI e a TAGIS, uma visita técnica para validar o percurso da EBIO e os locais para colocação dos painéis, enquanto os técnicos da TAGIS aproveitaram também para fazer algum levantamento dos invertebrados.


Para a instalação da EBIO seria necessário um percurso circular, com oito painéis informativos. O percurso planeado acompanharia a galeria ripícola do rio Paiva, uma vez que é esta a zona mais interessante e com mais biodiversidade. Isto representaria uma grande dificuldade de manutenção do percurso, uma vez que ele ficaria submerso pelo rio Paiva durante parte do ano, e traria mais encargos e dificuldade na manutenção dos painéis.

Assim sendo, nesta visita, decidiu-se fazer Biospots em vez de uma EBIO. A propriedade tem duas zonas de elevado interesse, pelo acesso privilegiado ao rio Paiva, sendo uma delas na foz do rio Paivô e a outra numa zona central da propriedade. Ficou decidido transformar estas duas zonas em Biospots, com a colocação de quatro painéis duplos onde estarão expostas fotos e informação sobre as espécies que ocorrem na propriedade, um mapa da propriedade, e possivelmente um código QR para o projeto da MONTIS na plataforma INaturalist.

Os próximos passos passarão pelas amostragens de insetos em março ou abril de 2025, pela TAGIS, que já parte com boas indicações desta visita, uma vez que observaram a libélula Macromia splendens, que se encontra como vulnerável na lista vermelha dos invertebrados. 


Comentários