O que a Montis faz é o que está na fotografia: gerir terrenos com objectivos de conservação e envolvendo as pessoas comuns e procurando assegurar a sustentabilidade, incluindo económica, da gestão.
Não são por isso evidentes as razões para se envolver com acções de cozinha prática, mesmo para parte da equipa técnica da Montis, e para os seus voluntários de longa duração, há alguma estranheza em relação ao que tem vindo a ser feito com o António Alexandre.
Para quem ainda tenha dúvidas, mesmo depois de ver o vídeo feito pela Play Solutions sobre uma das oficinas, há agora duas novas oportunidades para contactar directamente com a ideia central do projecto "era preciso trazer fogo e alimento" (cujo nome são dois versos de Carlos Drummond de Andrade que traduzem bem as necessidades de gestão das nossas terras marginais).
A primeira oportunidade é já no dia 3 de Novembro, a meio da tarde, em Lisboa, no restaurante Claras, no campo de Santana, em que vamos tratar da gestão do montado a partir de opções que podemos fazer à mesa. António Alexandre ajuda-nos a pensar de que forma podemos financiar a gestão dos montados, experimentando usar os seus produtos de formas simples e que consigamos fazer em casa e nos restaurantes. Para participar, o melhor mesmo é mandar um mail para montisacn@gmail.com a pedir toda a informação necessária.
A segunda oportunidade, que inclui também uma oficina com António Alexandre (neste caso mais orientada para o papel dos animais na gestão das terras marginais), é em Carvalhais, São Pedro do Sul, no dia 11 de Novembro (não é gralha, é mesmo a uma Segunda-feira), começando com um colóquio em que vamos conversar sobre a relação entre a produção de alimentos (incluindo o vinho) e a gestão da paisagem, com Arlindo Cunha, Avelino Rego (Terra Maronesa), Daniela Araújo e Alfredo Cunhal Sendim, e lá veremos o que nos cabe em sorte no almoço ligeiro em cuja preparação esperamos que António Alexandre ensine os alunos da escola profissional.
Quase de certeza que no fim de participar nestas acções se terá compreendido melhor por que razão uma associação como a Montis, que concentra todo o seu esforço na gestão concreta de terrenos marginais, acabe a promover acções que se espera que aumente a nossa capacidade de contribuirmos para essa gestão quando optamos por comer isto em vez daquilo.
Apareçam, que para além destes aspectos, são sempre umas horas bem passadas.
henrique pereira dos santos
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